Saúde em Pauta

/
Prevenção e tratamento de doenças
Publicação 29 set 2020
Atualização 30 set 2025

5 perguntas e respostas sobre o câncer de mama

Há mais de 20 anos, a campanha Outubro Rosa promove a conscientização sobre o câncer de mama. Ainda assim, a desinformação continua sendo uma grande barreira.

Para ajudar, reunimos as respostas para as dúvidas mais comuns sobre a doença.

1. O que causa o câncer de mama?

O câncer de mama surge a partir da multiplicação de células anormais da mama. Não existe uma causa, mas sim um conjunto de fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver a doença.

Entre os principais fatores ambientais e comportamentais estão:

Fatores ambientais e comportamentais:

  • Sobrepeso e obesidade, principalmente após a menopausa;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Falta de atividade física;
  • Exposição à radiação (como tomografias e raios-x).

Já os fatores hormonais e reprodutivos incluem:

  • Primeira menstruação antes dos 12 anos;
  • Uso prolongado de anticoncepcionais;
  • Primeira gestação após os anos 30 anos;
  • Não ter filhos e não amamentar;
  • Passar pela menopausa após os 55 anos;
  • Fazer reposição hormonal após a menopausa.

Além de todos esses fatores, a idade também é determinante: o risco aumenta a partir dos 50 anos.


2. O câncer de mama é hereditário?

Na maioria dos casos, não. O que existe é uma predisposição genética. Mulheres com histórico de câncer de mama ou de ovário em mãe, irmã ou filha apresentam maior risco.

Alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 também estão relacionados à maior incidência da doença.

Você sabia?

Apesar de raro, com apenas 1% dos casos, homens também podem ter câncer de mama, sendo mais comum a partir dos 60 anos ou mais e naqueles com histórico familiar da doença.


3. Quais são os sintomas do câncer de mama?

Os sintomas mais comuns envolvem a região da mama:

  • Nódulos, mesmo que indolores;
  • Vermelhidão na pele;
  • Pele retraída e se assemelhando a uma casca de laranja;
  • Alterações no mamilo, como o mamilo invertido ou secreções;
  • Nódulos menores na região do pescoço e/ou axilas.

Lembre-se: nem sempre os sintomas significam câncer. Apenas um médico, com os exames corretos, pode dar o diagnóstico.


4. Quais exames ajudam no diagnóstico?

O autoexame das mamas deixou de ser recomendado como método de rastreamento, mas continua sendo útil para que a mulher conheça o próprio corpo e perceba alterações.

 Hoje, os principais exames são:

  • Exame clínico: realizado por um médico durante a consulta.

  • Mamografia: principal exame para detectar alterações suspeitas. É indicada, em geral, a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos.

  • Biópsia: confirma o diagnóstico ao analisar uma amostra da lesão.

Para mulheres de 40 a 49 anos, a mamografia pode ser feita em casos específicos, já que as mamas são mais densas e os resultados menos precisos.


5. Existe uma forma de prevenir o câncer de mama?

Não há como garantir a prevenção total, mas até 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, segundo o INCA. Adotar pequenas mudanças faz a diferença, veja:

  • Manter o peso adequado;
  • Praticar atividade física regular;
  • Seguir uma alimentação equilibrada;
  • Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.

O papel do diagnóstico precoce

O câncer de mama, na maioria das vezes, é silencioso. Por isso, consultas regulares e exames de rotina são fundamentais. Detectar a doença no início aumenta as chances de um tratamento eficaz e menos agressivo. Conhecer o próprio corpo, estar atenta a mudanças e buscar ajuda médica são passos simples, mas que podem salvar vidas.

Fontes: Instituto Nacional do Câncer (INCA), Ministério da Saúde, Hospital Hcor

Agência SA365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil