Saúde em Pauta

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Prevenção e tratamento de doenças
Publicação 21 out 2024
Atualização 28 jan 2025

Sífilis: pode parecer acne, mas não é

 

 

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável, causada pela bactéria Treponema pallidum. No passado, já foi considerada erradicada, mas voltou a apresentar aumento significativo de casos a partir de 2020, em especial entre jovens (20 a 29 anos) e mulheres grávidas.

 

Além de transmitida por contato sexual, a sífilis também pode ser passada da mulher para o feto, durante a gestação, parto ou amamentação, podendo provocar consequências sérias à saúde do bebê.

 

Continue lendo para conhecer os sintomas, os riscos e como se proteger!

 

Sintomas de sífilis: nem sempre óbvios

O principal desafio para o combate da doença tem a ver com as características dos sintomas. É comum o aparecimento de feridas indolores em regiões como genitais, boca e ânus, mas também nas mãos, pés e rosto.

 

Em alguns casos, as lesões desaparecem espontaneamente, levando as pessoas a acreditarem que estão curadas ou que se trata de uma simples condição de pele.

 

Os especialistas dividem os sintomas em três fases:

 

  • Primária (10 a 90 dias após a infecção) – Ferida no local de entrada da bactéria (genitais, boca, ânus, entre outros). Desaparece sozinha e, em geral, não causa dor, coceira, ardência ou pus.

 

  • Secundária (6 semanas a 6 meses após a infecção) – Manchas pelo corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, febre, mal-estar, dores e ínguas. As lesões desaparecem mesmo sem tratamento.

 

  • Terciária (1 a 40 anos após a infecção) – Alterações no sistema nervoso central, que podem levar à morte.

 

 

Sífilis latente

Nesse período, a pessoa não apresenta sintomas, o que não quer dizer que a doença esteja curada. Por isso, é essencial se proteger e fazer testes regularmente.

 

 

 

Sífilis congênita: um risco para a saúde do bebê

Imagem de uma mãe grávida com as mãos sob a barriga

 

A sífilis congênita é uma complicação grave que pode ocorrer quando a doença não é tratada durante a gravidez. O bebê infectado pode apresentar diversos problemas de saúde, incluindo:

 

  • Prematuridade
  • Malformações
  • Problemas neurológicos
  • Problemas ósseos
  • Pneumonia
  • Feridas no corpo

 

 

Prevenção: proteja-se e proteja quem você ama

A melhor forma de prevenir a sífilis é praticar sexo seguro, utilizando preservativo em todas as relações sexuais. Além disso, é fundamental realizar testes regularmente para detectar a infecção precocemente e iniciar o tratamento adequado.

 

Mulheres grávidas devem ter atenção redobrada, realizando o teste para sífilis durante a gestação, conforme recomendado no pré-natal.

 

Quando o resultado é positivo, é importante tratar a infecção imediatamente, para evitar transmissão ao bebê.

 

 

A sífilis é uma doença grave, mas curável. O tratamento é medicamentoso e oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Em gestantes, deve ter início até 30 dias antes do parto.

 

A melhor forma de prevenir é com o uso de preservativos e monitoramento constante. Pratique este cuidado!

 

Fontes: Ministério da Saúde (1, 2), FiocruzSecretaria Municipal da Saúde de São Paulo

Agência SA365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil