Entre um espirro e outro, muitas vezes, surge a dúvida: é rinite ou sinusite?
Se você também já ficou nesse impasse, chegou a hora de entender melhor como identificar cada uma delas e como aliviar os sintomas!
O que é a rinite?

A rinite é a inflamação da mucosa nasal, que pode ser alérgica ou não-alérgica. Os sintomas mais comuns são:
- Coceiras no nariz, olhos e garganta;
- Ardência na região;
- Vermelhidão;
- Nariz entupido;
- Coriza (nariz escorrendo);
- Espirros frequentes;
- Redução do olfato.
A rinite infecciosa está relacionada principalmente a vírus, bactérias e fungos, tendo uma duração mais curta. Geralmente, está ligada aos famosos resfriados, comuns em épocas mais frias ou marcadas por mudanças bruscas de temperatura.
Já a rinite alérgica é a mais comum e suas crises têm origem no contato com alérgenos, como:
- Poeira;
- Pólen;
- Produtos químicos;
- Fumaça.
Os sintomas surgem porque o sistema imunológico identifica a presença de substâncias nocivas (os alérgenos e microrganismos) e, como resposta, libera substâncias como a histamina, que geram a inflamação, coriza e congestão numa tentativa de defender o organismo. Há também a rinite não alérgica, que está relacionada a problemas hormonais ou ao uso de certos medicamentos.
E o que é sinusite?

A sinusite é uma inflamação dos seios nasais – cavidades localizadas nos ossos da face, próximas do nariz, responsáveis por ajudar na respiração e na ressonância da voz. Essas cavidades são revestidas de um muco que é disparado constantemente até a região nasal.
A sinusite nada mais é do que uma infecção da mucosa que reveste as cavidades dos seios nasais, causada pelo bloqueio do fluxo desse muco, levando ao acúmulo na região e causando sintomas como:
- Obstrução nasal (nariz entupido);
- Coriza (nariz escorrendo);
- Secreção amarela ou esverdeada;
- Dor ou pressão facial;
- Redução ou perda do olfato;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Tosse.
Existem dois tipos de sinusite:
- Sinusite aguda: sintomas que duram até 4 semanas
- Sinusite crônica: sintomas que persistem por mais de 12 semanas
Como aliviar os sintomas da rinite e da sinusite?
Apesar das diferenças nas características, algumas dicas semelhantes podem prevenir e amenizar o desconforto dos seus sintomas:
1. Mantenha os ambientes limpos: Para evitar crises desencadeadas por agentes externos, é ideal que o ambiente esteja sempre higienizado e livre de alérgenos.
2. Inclua alimentos funcionais na alimentação: Alimentos como cebola, brócolis e maçã são ricos em quercetina, uma substância que fortalece as células imunológicas e inibe a liberação da histamina, ajudando a amenizar os sintomas desencadeados por reações alérgicas.
3. Faça lavagem nasal: Um procedimento simples e que oferece um grande alívio para a respiração, reduz os sintomas e previne a infecções.
Para que serve a lavagem nasal?
- Remover secreções, poluentes e alérgenos das narinas;
- Aliviar a congestão nasal;
- Reduzir sintomas de rinite e sinusite;
- Prevenir infecções respiratórias;
- Melhorar a respiração e o sono.
Passo a passo da lavagem nasal:
- Lave bem as mãos;
- Encha o aplicador com a medida de soro fisiológico confirme orientação do seu médico;
- Incline o corpo levemente para frente e vire a cabeça para o lado;
- Introduza o bico do aplicador na narina de cima;
- Pressione suavemente até o soro sair pela outra narina;
- Assoe o nariz com delicadeza para eliminar o excesso.
- Repita do outro lado.
Cuidados importantes:
- Use sempre soro fisiológico (solução salina) dentro da validade.
- Nunca use água da torneira diretamente.
- Higienize bem o aplicador após o uso.
- Não compartilhe o aplicador com outras pessoas.
Importante: a lavagem nasal pode variar de acordo com a idade, condição de saúde e necessidade individual. Por isso, é essencial buscar a orientação de um médico ou pediatra antes de iniciar o procedimento, garantindo que ele seja feito da forma mais segura e eficaz para cada caso.
E, não se esqueça: além dessas dicas, a principal medida que deve ser tomada em casos de rinite e sinusite é consultar um médico!
Apenas um profissional pode avaliar melhor o quadro e guiar corretamente o tratamento mais adequado, seja com medicamentos, inalações e outras abordagens.
Fontes: Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, Jornal Brasileiro de Pneumologia, Ministério da Saúde, Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF