De acordo com o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil tem mais de 13 milhões de pessoas com a doença. O diabetes ocorre quando o pâncreas deixa de produzir o hormônio insulina ou quando há uma resistência das células do organismo para a utilização da insulina. Como resultado, as taxas de glicose no sangue ficam elevadas (hiperglicemia), podendo provocar problemas bastante graves à saúde.
Os altos níveis de glicose no sangue elevam o risco de doenças que afetam o coração, vasos sanguíneos, olhos, nervos e rins. Pessoas com diabetes também têm mais risco em desenvolver infecções e doenças cardiovasculares.
Os tipos mais comuns de diabetes são:
Diabetes tipo 1: fatores genéticos e ambientais são os responsáveis por este grave tipo de diabetes, no qual há deficiência de insulina que se segue à destruição das células do pâncreas que produzem este hormônio; mais de 2/3 dos casos aparecem antes dos 19 anos de idade.
Diabetes tipo 2: surge quando o organismo não produz insulina suficiente ou quando as células do organismo respondem mal à ação da insulina. Ocorre em cerca de 90% dos casos e, geralmente, está relacionado à obesidade ou sobrepeso.
Diabetes Gestacional: pode surgir durante a gravidez devido à resistência das células à insulina, aumentando o nível de glicose sanguínea (glicemia).
Os fatores de risco relacionados ao diabetes tipo 2 são:
• Sobrepeso ou obesidade
• História familiar de diabetes
• Sedentarismo (falta de exercícios físicos)
• Tabagismo
• Escassez de horas de sono
• Hábitos alimentares inadequados
• História pessoal de diabetes gestacional
• Alguns medicamentos que dificultam a ação da insulina
• Doenças cardiovasculares
• Síndrome dos ovários policísticos
Sintomas:
Os sintomas mais comuns relacionados ao diabetes são vontade frequente de urinar, fome, sede excessiva e perda de peso. No entanto, alguns sintomas podem ser específicos para cada tipo de diabetes. No tipo 1, há alterações de humor, náusea, fadiga e fraqueza. Já o tipo 2 pode não apresentar sintomas iniciais, sendo diagnosticado apenas após infecções frequentes, demora na cicatrização, alterações na visão e formigamento nos pés. No caso do diabetes gestacional, o diagnóstico é buscado pelo médico nas mulheres grávidas, mesmo as assintomáticas (rastreamento da doença), nas consultas de pré-natal, ou pela manifestação de sinais e sintomas pela gestante.
Dicas:
- Melhorar o padrão alimentar e manter uma rotina de exercícios físicos são atitudes importantes que ajudam a evitar o aparecimento da doença e a controlá-la quando já presente, diminuindo o risco de complicações como lesões oculares na retina, infecções, hipertensão arterial, doenças neurológicas, lesões nos pés (pé diabético), derrame cerebral (acidente vascular cerebral) e infarto do miocárdio
- Controlar o consumo de carboidratos como arroz, batata, mandioca, mel, açúcar, pães, frutas, doces, balas, sorvetes e leite
- Fracionar as refeições: fazer mais refeições por dia, cada uma delas menos abundante
- Consumir alimentos como castanhas, azeite de oliva extravirgem e abacate; e incluir fibras na alimentação
- Praticar atividade física: os exercícios físicos ajudam o organismo a usar o açúcar presente no sangue com mais velocidade. Mas consulte o seu médico para que ele indique o tempo, o tipo de atividade e a frequência ideal de acordo com o seu tipo de diabetes
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