Há mais de 20 anos, a campanha Outubro Rosa promove a conscientização sobre o câncer de mama. Ainda assim, a desinformação continua sendo uma grande barreira.
Para ajudar, reunimos as respostas para as dúvidas mais comuns sobre a doença.
1. O que causa o câncer de mama?
O câncer de mama surge a partir da multiplicação de células anormais da mama. Não existe uma causa, mas sim um conjunto de fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver a doença.
Entre os principais fatores ambientais e comportamentais estão:
Fatores ambientais e comportamentais:
- Sobrepeso e obesidade, principalmente após a menopausa;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Falta de atividade física;
- Exposição à radiação (como tomografias e raios-x).
Já os fatores hormonais e reprodutivos incluem:
- Primeira menstruação antes dos 12 anos;
- Uso prolongado de anticoncepcionais;
- Primeira gestação após os anos 30 anos;
- Não ter filhos e não amamentar;
- Passar pela menopausa após os 55 anos;
- Fazer reposição hormonal após a menopausa.
Além de todos esses fatores, a idade também é determinante: o risco aumenta a partir dos 50 anos.
2. O câncer de mama é hereditário?
Na maioria dos casos, não. O que existe é uma predisposição genética. Mulheres com histórico de câncer de mama ou de ovário em mãe, irmã ou filha apresentam maior risco.
Alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 também estão relacionados à maior incidência da doença.
Você sabia?
Apesar de raro, com apenas 1% dos casos, homens também podem ter câncer de mama, sendo mais comum a partir dos 60 anos ou mais e naqueles com histórico familiar da doença.
3. Quais são os sintomas do câncer de mama?
Os sintomas mais comuns envolvem a região da mama:
- Nódulos, mesmo que indolores;
- Vermelhidão na pele;
- Pele retraída e se assemelhando a uma casca de laranja;
- Alterações no mamilo, como o mamilo invertido ou secreções;
- Nódulos menores na região do pescoço e/ou axilas.
Lembre-se: nem sempre os sintomas significam câncer. Apenas um médico, com os exames corretos, pode dar o diagnóstico.
4. Quais exames ajudam no diagnóstico?
O autoexame das mamas deixou de ser recomendado como método de rastreamento, mas continua sendo útil para que a mulher conheça o próprio corpo e perceba alterações.
Hoje, os principais exames são:
- Exame clínico: realizado por um médico durante a consulta.
- Mamografia: principal exame para detectar alterações suspeitas. É indicada, em geral, a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos.
- Biópsia: confirma o diagnóstico ao analisar uma amostra da lesão.
Para mulheres de 40 a 49 anos, a mamografia pode ser feita em casos específicos, já que as mamas são mais densas e os resultados menos precisos.
5. Existe uma forma de prevenir o câncer de mama?
Não há como garantir a prevenção total, mas até 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, segundo o INCA. Adotar pequenas mudanças faz a diferença, veja:
- Manter o peso adequado;
- Praticar atividade física regular;
- Seguir uma alimentação equilibrada;
- Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.

O papel do diagnóstico precoce
O câncer de mama, na maioria das vezes, é silencioso. Por isso, consultas regulares e exames de rotina são fundamentais. Detectar a doença no início aumenta as chances de um tratamento eficaz e menos agressivo. Conhecer o próprio corpo, estar atenta a mudanças e buscar ajuda médica são passos simples, mas que podem salvar vidas.