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Alimentação Saudável
Publicação 19 maio 2025
Atualização 30 abr 2025

4 fatos curiosos sobre a carne

A carne é um dos alimentos mais tradicionais da alimentação no Brasil e no mundo, além de ser uma fonte importante de proteínas, ferro, zinco, vitaminas do complexo B e outros nutrientes essenciais.

Apesar de ser tão presente no dia a dia de muitas famílias, esse alimento ainda gera algumas dúvidas, como: “será que o líquido que sai da carne é sangue?” ou “a carne crua está marrom, posso comer?”

Questões como essas podem gerar confusão e até insegurança ao preparar a carne em casa. Então, continue a leitura e confira alguns fatos curiosos sobre esse alimento!

1. O líquido que sai da carne não é sangue

Se você já viu aquele líquido avermelhado na embalagem, no churrasco ou em algum outro preparo de carne, pode ter pensado que se tratava de sangue.

Esse líquido é formado, principalmente, por água e mioglobina, uma proteína encontrada nas fibras musculares da carne e que não representa risco algum para a saúde.

Essa proteína tem como função armazenar oxigênio nos músculos, além de ajudar a dar a coloração vermelha para a carne fresca – junto com a hemoglobina.

2. Carne crua marrom não está necessariamente estragada

Quando a carne não está com aquele aspecto vermelho brilhante e fica mais escura ou marrom, é comum que haja certo receio em consumir ou não o alimento. Porém, alteração de cor, isoladamente, não representa qualquer restrição ao consumo.

Isso acontece quando a mioglobina da carne entra em contato com o oxigênio, e passa por um processo de oxidação. Veja mais sobre essa mudança de coloração:

  • Vermelho púrpura – carne recém-cortada, com baixa exposição ao oxigênio. Neste momento, a mioglobina ainda não passou pelo processo de oxidação, mantendo sua coloração.
  • Vermelho brilhante – com alguns minutos de exposição ao ar, ocorre a oxigenação e, consequentemente, a formação da oximioglobina, responsável pelo novo tom de vermelho.
  • Marrom – com o tempo, o processo de oxidação pode levar à formação da metamioglobina, escurecendo a carne até o tom marrom.

Vale reforçar que essa mudança de coloração é um processo normal e, apesar de poder causar mudanças no sabor, aroma e textura, não significa que a carne esteja estragada.

Por isso, leve sempre em consideração os sinais de deterioração para avaliar o ingrediente antes de consumi-lo:

  • Textura – não deve estar viscosa ou pegajosa;
  • Cheiro – não deve estar forte ou desagradável;
  • Validade – não deve estar fora do prazo indicado na embalagem.

3. Carne mal passada pode transmitir doenças

Você é do time do ponto bem passado ou mal passado? Se a resposta for “mal passado”, é importante ter cautela ao consumir carnes.

Isso porque as carnes que não atingem temperaturas adequadas de cozimento podem abrigar parasitas e bactérias como:

  • Escherichia coli (E. coli);
  • Salmonella;
  • Listeria monocytogenes.

Esses microrganismos podem causar infecções graves, intoxicações alimentares e até doenças mais severas, principalmente em crianças, idosos e gestantes.

 

Temperaturas seguras:

  • Bovinos: mínimo de 63°C (com descanso de 3 minutos após o cozimento);
  • Aves: mínimo de 74°C;
  • Suínos: mínimo de 71°C.

 

Assim, carnes mal passadas, especialmente de aves e suínos, devem ser evitadas para reduzir o risco de contaminação.

4. O tipo de carne consumido pode influenciar na saúde cardiovascular

A carne é um alimento muito nutritivo, mas o tipo de carne e o modo de preparo podem fazer a diferença, principalmente para a saúde cardiovascular.

  • Carnes vermelhas (como boi e cordeiro) – têm, em geral, mais gordura saturada. O excesso desse tipo de gordura pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
  • Carnes brancas (como frango e peixe) – costumam ter menor teor de gordura saturada.

 

Dica!

  • Remover a pele do frango pode ajudar a reduzir até 45% da gordura total ingerida;
  • Preferir carnes assadas, grelhadas ou cozidas em vez de fritas também é uma estratégia para proteger o coração.

 

Conhecer melhor as características da carne e entender a importância de certos processos e cuidados na hora do consumo é essencial para preparar refeições mais seguras e nutritivas.

Hora de aplicar o que aprendeu na rotina!

Fontes: FCA – UNESP, Revista Higiene Alimentar, UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, SOCESP Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Hospital Sírio Líbanês, Embrapa

Agência SA365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil