Em 08 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Embora os fatos que deram origem à data estejam ligados a melhores condições de vida e trabalho, temas envolvendo saúde e bem-estar também precisam ser disseminados com intensidade neste período. Entre os cuidados que devem estar presentes ao longo de boa parte da vida da mulher está o exame preventivo do colo do útero, chamado de Papanicolaou, que pode diagnosticar precocemente uma das doenças mais temidas da atualidade, o câncer. Cerca de 270 mil mulheres morrem anualmente em decorrência do câncer de colo do útero.
O desenvolvimento da doença tem como principal fator de risco a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). Por isso depois de iniciar a vida sexual é necessário que a mulher se submeta periodicamente ao exame preventivo, especialmente as que possuem entre 25 e 64 anos de idade. O teste consegue detectar alterações nas células do colo do útero, identificando lesões sugestivas de câncer. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), “quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos”.
Qual a periodicidade de realização do exame?
Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente, se não houver alterações nos últimos resultados, o preventivo pode ser feito com um maior intervalo de tempo, que deve ser definido pelo médico.
Como é feito o exame?
1. O procedimento é rápido, simples e indolor.
2. Para coletar o material, o profissional introduz na vagina um instrumento chamado espéculo.
3. É feita uma inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero.
4. O profissional provoca uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha.
5. O material colhido é colocado em uma lâmina e encaminhado a um laboratório especializado em citopatologia.
6. As alterações são identificadas, inclusive as causadas por outras infecções e inflamações que eventualmente não têm relação com o desenvolvimento do câncer.
ATENÇÃO: A imunização por meio da vacina contra o HPV e o uso do preservativo nas relações sexuais não substituem a necessidade da realização do exame preventivo.
Rafaela Fusieger / Designer: Ana Carla Bortoloni