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Equilíbrio Emocional
Publicação 30 out 2025
Atualização 30 out 2025

O que se sabe sobre o jejum intermitente?

Provavelmente você já ouviu falar sobre o jejum intermitente. Nos últimos anos, essa prática ganhou destaque na internet e se tornou tema de muitos debates sobre seus benefícios e riscos à saúde.

Desde então, diversos estudos científicos vem sendo realizados. E embora ainda haja muito a compreender, algumas descobertas já ajudam a tomar decisões mais conscientes sobre o assunto.

Neste artigo, você vai entender o que é o jejum intermitente, como ele age no organismo, quais os possíveis benefícios e riscos — e em quais casos o acompanhamento médico é essencial.

O que é jejum intermitente?

Jejum intermitente é uma estratégia alimentar que alterna períodos de jejum com janelas de alimentação. A ideia não é restringir o tipo de alimento consumido, apenas ao momento em que se come.

Existem diferentes protocolos: alguns propõem jejuar por algumas horas diárias, enquanto outros intercalam dias alternados de restrição parcial ou total. A proposta central é promover mudanças metabólicas, especialmente relacionadas ao controle da glicemia e ao uso da gordura corporal como fonte de energia.

Quais são os possíveis benefícios do jejum intermitente?

Alguns estudos apontam que o jejum intermitente a pode levar à perda de peso a curto prazo, principalmente devido à redução na ingestão calórica. Esse emagrecimento tende a vir da diminuição da gordura corporal.

No entanto, é preciso ter cuidado:  o peso tende a se estabilizar após um certo tempo, e não há indícios de que o jejum intermitente seja mais efetivo do que outras estratégias para emagrecer.

Outro benefício apontado é a melhora na sensibilidade à insulina e nas taxas de açúcar no sangue, o que poderia contribuir para o controle da glicemia, ou seja, gastar mais energia do que se consome.

Seja com uma dieta equilibrada ou com o jejum intermitente, esse princípio é o que leva à perda de peso.

Quais são os riscos do jejum intermitente?

Apesar dos benefícios potenciais, o jejum intermitente não é isento de riscos. Pesquisas indicam que, em pessoas com predisposição, essa prática pode intensificar o comer compulsivo e contribuir para o desenvolvimento de distúrbios alimentares.

Vale reforçar: nem toda compulsão alimentar é um diagnóstico, como bulimia ou anorexia. Essa desregulação emocional com o alimento é um indicativo que precisa de acompanhamento, mas para ser confirmada a doença em si é preciso de outros fatores. E apenas um profissional de saúde pode fazer essa avaliação.

Durante o jejum intermitente, há também outros aspectos que demandam atenção são os sintomas durante o período restritivo, como irritabilidade, dificuldade de concentração, fadiga e mau humor.

Afinal, jejum intermitente é recomendado?

Por enquanto, o jejum intermitente ainda precisa de pesquisas de longo prazo. Por isso, não deve ser visto como uma solução universal. A orientação profissional é indispensável para avaliar riscos e ajustar o método de acordo com as necessidades de cada pessoa. Essa cautela é ainda mais importante para:

  • Crianças e adolescentes
  • Gestantes
  • Idosos
  • Pessoas com diabetes
  • Indivíduos com histórico de distúrbios alimentares ou doenças crônicas

Nesses casos, o jejum pode trazer mais prejuízos do que benefícios.

O sucesso de qualquer plano alimentar depende da adaptação à rotina, da regularidade e do acompanhamento médico, e não apenas da restrição calórica.

Quer manter um peso saudável dentro de uma rotina equilibrada? Aqui no Viver Bem tem muitas dicas para você cuidar do corpo e da mente com consciência. Aproveite!

Fontes: Associação Nacional de Atenção ao Diabetes – ANAD, Journal of the National Medical Association, Associação Brasileira de Nutrição – ASBRAN, Jornal USP, The Johns Hopkins University, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome, Metabólica – Abeso

Agência SA365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

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