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Infância e Adolescência
Publicação 28 jan 2025
Atualização 31 jan 2025

Meu filho não quer ir para a escola. O que fazer?

 

Você percebe que o momento de ir à escola vira um desafio diário? Choros, queixas de dores ou aquele apego intenso na hora de sair de casa são comportamentos comuns, especialmente nos primeiros anos da educação infantil e do ensino fundamental.

Mas o que fazer para ajudar seu filho nessa fase de adaptação escolar e cuidar da saúde emocional dele?

Vem entender os motivos que levam as crianças a resistirem à escola e como você, como responsável, pode atuar para tornar esse momento mais tranquilo

 

Por que meu filho não quer ir para a escola?

A resistência escolar pode estar ligada a sentimentos de insegurança, ansiedade ou medo diante do novo. Para as crianças, mudanças na rotina ou no ambiente escolar – como uma nova escola, professores diferentes ou colegas desconhecidos – podem parecer desafiadoras.

Outros fatores, como dificuldade em acompanhar o conteúdo ou questões sociais (como o medo de não fazer amigos), também podem gerar essa rejeição. É essencial identificar a raiz do problema para ajudá-los da melhor forma.

5 dicas para ajudar na adaptação escolar

Se você quer ajudar seu filho a encarar a escola de maneira mais positiva, algumas ações práticas podem fazer toda a diferença:

  1. Ajuste a rotina com antecedência
    Um sono adequado é fundamental para a saúde emocional infantil e a capacidade de enfrentar desafios. Antes do início das aulas, ajuste gradualmente os horários de dormir e acordar. Crianças precisam de cerca de 9 a 11 horas de sono por noite, dependendo da idade. Além disso, evite dispositivos eletrônicos antes de dormir – eles podem prejudicar a qualidade do sono.

  2. Envolva-se na vida escolar do seu filho
    Demonstre interesse pelo dia a dia da criança. Pergunte como foi a aula, o que aprendeu e com quem brincou. Isso não só ajuda a estreitar os laços como também faz com que ela sinta que a escola é importante para você.

  3. Conheça o ambiente escolar
    Se seu filho está começando em uma nova escola, leve-o para conhecer o espaço antes do primeiro dia. Mostre as salas, os espaços de recreação e converse sobre as atividades. Participar da escolha de materiais escolares ou uniformes também pode deixá-lo mais motivado e confortável.

  4. Incentive as amizades
    A socialização é um pilar importante na educação infantil. Caso a mudança de escola tenha causado o afastamento de antigos amigos, organize encontros fora da escola para manter esses laços. Isso pode ajudar a criança a lidar melhor com o novo ambiente.

  5. Ofereça segurança e apoio emocional
    Crianças menores podem se beneficiar ao levar um objeto de conforto, como um brinquedo favorito, para a escola nos primeiros dias. Além disso, converse com a instituição sobre formas de facilitar a adaptação, como horários reduzidos no início ou a presença dos pais em momentos específicos.

E se a resistência persistir?

Se, após três a quatro semanas, seu filho ainda apresentar dificuldade em se adaptar, é hora de buscar um diálogo mais profundo. Converse abertamente sobre os medos e as dificuldades que ele pode estar enfrentando.

Mantenha contato frequente com professores e a coordenação pedagógica para alinhar estratégias que possam ajudar. Em alguns casos, pode ser necessário buscar o apoio de um psicólogo infantil para avaliar a saúde emocional da criança e propor intervenções personalizadas.

Por que é importante cuidar da adaptação escolar?

A adaptação escolar não é apenas uma questão prática. Isso influencia diretamente a saúde emocional infantil e o desenvolvimento acadêmico e social da criança. Quando ela se sente segura e acolhida na escola, seu aprendizado flui melhor e há mais chances de se construir vínculos saudáveis com colegas e professores.

Lidar com a resistência escolar é desafiador, mas você não precisa passar por isso sozinho. Ao seguir essas dicas e observar de perto as necessidades do seu filho, será possível ajudá-lo a enfrentar as dificuldades e transformar a ida à escola em uma experiência positiva.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Pediatria
Ministério da Saúde
Instituto Pensi

Agência SA 365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil