Se você é do tipo que curte festas, casamentos, churrascos, baladas, blocos de Carnaval, entre outras confraternizações, provavelmente está acostumado a olhar ao redor e encontrar pessoas com um copo de cerveja ou um drink na mão. É que o álcool se tornou uma forma de relaxar, socializar e celebrar a vida.
No entanto, é importante lembrar que, quando consumido em excesso, pode afetar seriamente a saúde causando desde doenças no fígado e problemas cardíacos até desequilíbrio emocional. Por isso, é essencial ficar atento aos sinais de abuso e evitar que o consumo se torne um risco para o seu bem-estar.
Vamos entender melhor esse assunto?
Um panorama no Brasil e no mundo
O álcool é uma preocupação global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a substância é responsável por cerca de 5,3% das mortes, o que representa um total de 3 milhões de óbitos por ano. Este impacto é ainda mais preocupante entre os jovens de 20 a 39 anos, com 13,5% das mortes atribuídas a problemas relacionados ao álcool.
E não para por aí. O consumo excessivo de álcool está ligado a mais de 200 doenças e lesões, incluindo doenças mentais, cirrose hepática, cânceres, acidentes de trânsito, violência e suicídios.
No Brasil, o cenário não é muito diferente. De acordo com dados da Vigitel 2021, pelo menos 18,4% da população brasileira consome álcool de forma abusiva. Segundo o estudo, esse padrão de consumo é observado em 25,6% dos homens e 12,7% das mulheres.
Assim, entender seus efeitos e repensar alguns hábitos é tão importante!
O que acontece ao ingerir bebidas alcoólicas?
No momento do consumo excessivo, o álcool pode afetar o sistema nervoso central, comprometendo a coordenação motora, o julgamento e a percepção. As pessoas ficam com reflexos mais lentos e confiança excessiva. Daí é que surgem os acidentes e episódios de violência.
Já no longo prazo, o uso contínuo e em grande quantidade do álcool pode levar a doenças crônicas graves, como cirrose hepática, câncer, problemas cardiovasculares, depressão, ansiedade, distúrbios do sono e até prejudicar o desempenho nas atividades cotidianas e as relações pessoais e profissionais.
O que é “beber com moderação”?
Bom, nem os cientistas concordam totalmente sobre o assunto, mas o que se sabe com certeza é que qualquer dose de álcool, mesmo que pequena, pode representar um risco à saúde.
Apesar de não ser um consenso entre os especialistas, para entender o termo “moderação” conhecido nas publicidades de bebidas alcoólicas, você pode se guiar pelas tabelas abaixo, aceitas por boa parte da classe científica.
Quantidade considerada moderada
1 dose/dia
Dose | Cerveja | Vinho | Destilado |
---|---|---|---|
1 | 350 ml | 1 taça | 40 ml |
Nos casos em que a pessoa não consegue manter essa média, existem sinais de alerta a serem observados. É o que veremos a seguir.
Será que você está bebendo demais?
Alguns comportamentos e situações podem indicar que o consumo de álcool está se tornando problemático. Os mais comuns são:
- Você é “forte pra bebida”: isso quer dizer que precisa beber cada vez mais para sentir os mesmos efeitos;
- Você fica “sem limites”: apresenta comportamento de risco, como dirigir após beber, se envolver em brigas e outras situações que podem prejudicar sua integridade física e de outras pessoas;
- Tudo é motivo para beber: ficou triste? Abre uma cerveja. Vai comemorar? Não pode faltar o drink. Isso faz com que você tenha dificuldade em parar ou reduzir a quantidade consumida;
- Os problemas começam a aparecer: brigas com a família e com os amigos, problemas no trabalho e até perdas financeiras.
Quem não deve beber álcool de forma alguma
Adolescentes, mulheres grávidas e em fase de amamentação não devem ingerir bebidas alcoólicas. Nos adolescentes, a substância pode impactar o desenvolvimento e, nas gestantes e lactantes, pode afetar a saúde da mãe e do bebê.
Como proteger sua saúde?
O ideal é evitar totalmente o consumo de álcool, mas sabemos que isso não é uma realidade para muitas pessoas. Por isso, moderação é a chave:
- Estabeleça limites claros, buscando não ultrapassar a dose diária sugerida.
- Evite beber com muita frequência.
- Opte por alternativas não alcoólicas quando possível.
- Procure ajuda, se observar que o consumo de álcool está se tornando um problema.
Lembre-se: a melhor forma de proteger sua saúde é estar consciente dos seus hábitos e buscar apoio sempre que necessário.
Fontes: OPAS | Jornal da USP | Agência FAPESP | OCID