Morno ou gelado, pela manhã ou antes de dormir, para adultos ou crianças. O leite é um dos alimentos mais populares e versáteis no dia a dia do brasileiro.
Entretanto, o consumo dessa bebida vem diminuindo em decorrência das diversas dúvidas em relação aos seus reais benefícios para a saúde.
Neste artigo, iremos falar sobre as vantagens nutricionais do leite e responder algumas perguntas envolvendo o assunto. Vamos lá?
Benefícios nutricionais do leite
Não é novidade que o leite – integral ou desnatado – é a principal fonte de cálcio para a nossa alimentação. Mas o que isso significa, na prática?
O cálcio é o responsável pela dureza e resistência da nossa estrutura óssea, sendo fundamental não só para o crescimento adequado durante a infância e adolescência, como também para a prevenção da osteoporose e osteopenia – junto com outros nutrientes, como magnésio e vitamina D.
Além disso, esse mineral contribui para algumas funções vitais, como coagulação sanguínea e funcionamento muscular. Fora o cálcio, o leite também oferece proteínas, vitaminas, fósforo, manganês e outros nutrientes.
O leite pode fazer mal?
Essa é uma dúvida bastante comum, principalmente quando o dano em questão é a inflamação. Nesse caso, a verdade é exatamente o contrário: segundo o Consenso da Associação Brasileira de Nutrologia e da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição sobre o consumo de leite de vaca pelo ser humano, o leite pode ter ação anti-inflamatória!
Entretanto, o consumo de laticínios pode, de fato, iniciar processos inflamatórios em pessoas que sofrem com a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), tornando necessária a exclusão desses produtos e seus derivados da dieta.
Outro caso em que o leite pode trazer consequências para a saúde é quando há intolerância à lactose, uma deficiência na produção da lactase – enzima responsável pela digestão desse açúcar.
Essa falha na digestão costuma trazer sintomas como dor, cólicas abdominais, náusea, flatulência e diarreia, mas não necessariamente impossibilita o consumo de laticínios. Isso porque, hoje, existem produtos como o leite zero lactose, que contam com a adição da lactase em sua produção para garantir que o açúcar seja quebrado antes mesmo do consumo.
E whey protein, é leite?
Um dos suplementos mais conhecidos é o whey protein, um produto à base da proteína do soro do leite com baixa concentração de gorduras e comumente usado para o ganho de massa magra.
Apesar de seu uso não ser restrito a atletas, é importante que seja analisada a real necessidade da inclusão desse suplemento proteico, assim como qual a versão mais adequada para cada caso:
- Whey concentrado – nível de gordura e lactose variáveis, portanto, não indicado para os portadores de intolerância;
- Whey isolado – sem gordura e com menos de 1% de lactose, recomendado para intolerantes a essa substância;
- Whey hidrolisado – pode conter carboidratos de absorção lenta, levando ganho de peso.
Para ficar de olho: composto lácteo x leite em pó
Nas prateleiras dos supermercados, é comum encontrar latas de leite em pó bem próximas de um produto semelhante na aparência, mas diferente na composição: o composto lácteo. Mas qual a diferença entre os dois, na prática?
O leite em pó é o leite desidratado, ou seja, é composto apenas por suas propriedades naturais e, em alguns casos vitaminas e minerais adicionados.
Já o composto lácteo, em geral mais barato, é considerado um alimento ultraprocessado. Por lei, deve ter pelo menos 51% de ingredientes lácteos, enquanto os outros 49% podem incluir óleos vegetais, óleos de peixe, canola, soja, açúcar, leite constituído e aditivos alimentares. Por isso, segundo recomendação do Ministério da Saúde, os compostos lácteos não devem fazer parte da alimentação de bebês e crianças menores de 2 anos.
Agora você já sabe: na hora de comprar, é importante ter bastante atenção!
Como esclarecemos, o leite e seus derivados podem trazer diversos benefícios à saúde, mas lembre-se: isso não diminui a importância da assistência médica para garantir que o seu uso seja o mais favorável possível para cada caso!
Fontes: Associação Médica Brasileira, Associação Brasileira de Nutrologia, Ministério da Saúde, Embrapa